Menopausa

Tudo o que você precisa saber sobre a menopausa cirúrgica

5 Dec, 2024
Mulher sentada segurando o abdômen, indicando sintomas de menopausa cirúrgica.
Procedimento interrompe a menstruação, causando menopausa precoce. Saiba em quais casos é indicado e seus impactos nos hormônios femininos.
 
A chegada da menopausa, geralmente, acontece para as mulheres na faixa dos 45 a 55 anos. Porém, em alguns casos, ela pode chegar precocemente devido a cirurgias. É a chamada menopausa cirúrgica.   
 
Portanto, se você vai passar por uma cirurgia de ooforectomia ou miomatose, explicamos o que é menopausa cirúrgica, as causas que levam à indicação para a cirurgia, os sintomas após o procedimento e impactos nos hormônios femininos. 
 

O que é menopausa cirúrgica?

 
A menopausa cirúrgica acontece por conta da remoção dos ovários por meio de cirurgia, chamada de ooforectomia. Na maioria dos casos, é feita em conjunto com a histerectomia, que consiste na remoção do útero.  
 
Esta cirurgia de retirada dos ovários e útero é indicada para mulheres que correm risco de desenvolver câncer de ovário, para tratar abscesso no ovário, desconfortos de endometriose, cistos ou torção ovariana. 
 
Após a cirurgia, a menstruação é interrompida, resultando em menopausa precoce e podem surgir os sintomas comuns desta fase, como ondas de calor, suores noturnos, insônia e dores no corpo.  
 
É importante ressaltar que, caso seja feita apenas a cirurgia de histerectomia (retirada do útero), a menstruação é interrompida, porém os ovários (que continuam intactos), seguem produzindo hormônios femininos normalmente até que a mulher atinja a fase da menopausa.  

Tipos de procedimentos que causam menopausa cirúrgica

 
Para que você saiba tudo sobre os procedimentos, a seguir, explicamos em detalhes como funciona cada um deles que levam a mulher e ter menopausa cirúrgica.  
 

1. Ooforectomia 

 
A ooforectomia é a cirurgia de retirada dos ovários, que pode ser um deles ou ambos. É indicada para tratamento de câncer de ovário - ou para evitar que se desenvolva -, endometriose, cistos e doença inflamatória pélvica grave. 
 
Existem dois tipos de ooforectomia:   
 
  • Unilateral: quando é removido apenas um ovário; 
  • Bilateral: quando são removidos os dois ovários.  

2. Histerectomia

 
A histerectomia é uma cirurgia feita para remover o útero, fazendo com que as mulheres parem de menstruar. É indicada para quem sofre com problemas graves na região pélvica, como câncer de colo do útero, câncer nos ovários, miomas, endometriose ou prolapso uterino (quando o útero sai da posição normal na pelve). 
 
A cirurgia de histerectomia pode ser feita de três maneiras:  
 
  • Total: quando há remoção do útero e do colo do útero;  
  • Supracervical: quando é removida apenas a parte superior do útero;  
  • Radical: quando o útero, colo do útero, parte da vagina e gânglios linfáticos são removidos. 
 
 Mulher deitada em uma cama de hospital, aparentando estar em recuperação.
 

Sintomas da menopausa cirúrgica

  
 
Como contamos, após se submeter à menopausa cirúrgica, as mulheres mais jovens podem apresentar sintomas semelhantes à menopausa, como: 
 
  • Suores noturnos; 
  • Ondas de calor; 
  • Insônia; 
  • Cansaço; 
  • Dores no corpo;  
  • Diminuição da libido; 
  • Ganho de peso;  
  • Secura vaginal; 
  • Desconforto durante as relações sexuais. 
 

Impacto nos hormônios femininos após a cirurgia

 
Por causar menopausa precoce, o procedimento pode fazer com que as concentrações dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) caiam de forma permanente.  
 
As principais alterações hormonais são: 
 
  • Irritabilidade;  
  • Crises de choro; 
  • Depressão; 
  • Ansiedade;  
  • Melancolia;  
  • Problemas de concentração; 
  • Cabelos e unhas enfraquecidos; 
  • Perda de massa óssea; 
  • Risco de doenças cardiovasculares.  
 
Caso você tenha mais dúvidas sobre menopausa cirúrgica, consulte seu médico! E, claro, sempre mantenha os exames em dia, pois a sua saúde deve ser prioridade. Até a próxima!